sexta-feira, 26 de setembro de 2008

a arte subverte a linguagem porque antecipa o próximo sistema de linguagem

Nós vivemos em um mundo em que tudo é puro discurso. A realidade não é objeto, e sim o objeto representado. Eu represento qualquer coisa através do discurso bem elaborado. E isso implica na fragilidade da verdade. Porque as coisas são voláteis, são instáveis.

O real é aquilo que escapa à linguagem.

A imagem que nós temos de nós mesmos é algo construído. Não nos enxergamos. Só podemos ver o outro. A nossa auto-imagem é mediada pelo espelho.

Só é possível haver comunicação quando emissor e receptor interpretam signos dentro de um mesmo código. A língua, por exemplo, é um código. Pois código é um conjunto organizado - sistema - de sons, imagens, signos. Mas se o código é social e histórico raramente partilhamos do mesmo. Isso gera o ruído.

"A palavra é a morte da coisa", Foucault
"A linguagem é fonte de mal-entendidos." Pequeno Príncipe
"Todo texto carrega uma contradição", Bahktin
"O herói virou um homem fragmentado", McLuhan

Nina Rosa Sá

Um comentário:

  1. Seria possível mudar uma linguagem sem alteral os símbolos da qual ela é feita?
    É possíveis diferentes linguagens representarem uma mesma realidade?
    É possível alguma verdade representar alguma realidade?
    Em quantas partes um herói deve se fragmentar para caber em uma mala?
    E quantos símbolos ele leva consigo?

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