terça-feira, 19 de agosto de 2008


E se cada pedaço fosse o todo de um sonho?
E se eu começasse a escrever muito depressa?
E se minhas pernas me obedecessem?
E se as minhas mãos sustentassem o peso da minha cabeça?
E se eu entregasse a minha cabeça pra você?
E se cada cabeça soubesse andar sozinha?
E se eu não estivesse naquela incansável procura de “como acabar com o meu coração”?
E se eu encontrasse uma cadeira de rodas pra minha cabeça e uma muleta pro meu coração?
E se eu fosse eu, você e todos nós?
E se o se não fosse um advérbio de condição?
E se eu tivesse um condicionamento melhor?
E se eu fosse a Mel Lisboa
E se eu fosse tudo menos minha cabeça e meu coração?
E se não houvesse os bares de Curitiba, os cafés que queimam a ponta da língua e a chuva no meu all star?
E se o Djavan morresse?
E se cada minuto pudesse ser congelado?
E se o gelo não derretesse?
E se a primavera chegasse logo?
E se a base não precisasse do acido?
E se o pó viesse antes da base?
E se a base fosse atacada?
E se a base colorisse minhas unhas?
E se a base não fosse meu cabeção e tampouco meu coração?
E se esse poemas bobos não precisassem de final?

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